Compartilhamento de elétricos ainda é embrionário no país

Onda de carros elétricos começa a ganhar forma no Brasil mas preço alto e falta de estrutura são barreiras para a popularização

No universo automotivo a tendência do compartilhamento dos carros elétricos é realidade na Europa e Ásia que estabelecem leis cada vez mais rígidas contra os motores a combustão. Em contrapartida na América Latina, os entraves da infraestrutura, o alto preço dos modelos elétricos e a realidade de cada mercado representam barreiras para que o “car sharing” seja uma realidade por aqui.

Boas ideias porém, não faltam. No caso do Brasil, algumas montadoras lançaram modelos elétricos recentemente. É o caso da Renault com o Zoe e Twizy, Nissan com o Leaf, JAC Motors com cinco modelos sendo três SUVs, BMW que foi pioneira com o i3, o recém-lançado Caoa-Chery Arrizo 5e e a Chevrolet que em breve lançará o Bolt, entre outras.

Se por um lado os patinetes deram certo, os carros ainda estão na fase de laboratório. Apesar da escassez de automóveis elétricos por aqui (de janeiro a setembro deste ano apenas 254 unidades foram vendidas por aqui) empresas de car sharing apostam nesse mercado como startups de olho em uma tendência. É o caso do aplicativo “Beep Beep” que funciona apenas em São Paulo e tem disponível 10 Renault Zoe em sua frota. Para locação dos veículos o custo varia muito, mas a média é sempre de R$ 4,90 como tarifa inicial mais R$ 0,50 por minuto.

A empresa LDS Group, também apostou na mobilidade elétrica com o aplicativo de aluguel “Urbano” de veículos elétricos na cidade São Paulo. O app também conta com a tecnologia de compartilhamento de veículos e com a facilidade do chamado Free Floating. O modelo utilizado é o Car Sharing, em que o cliente aluga o carro pela quantidade de horas que quiser. Os carros estão espalhados em pontos estratégicos e o cliente precisa devolver em um local específico, onde ele será recarregado.

A Zazcar é outra startup que atua com veículos elétricos na frota. No entanto, apesar de inovadora a ideia ainda não deslanchou diante da grande demanda por transporte individual em grandes cidades.

Projeto no DF

Aconteceu nessa semana o lançamento do projeto VEM DF (sigla de Veículo para Eletromobilidade), ação em parceria da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) com o Parque Tecnológico de Itaipu (PTI) e o Governo do Distrito Federal (GDF). O projeto é pioneiro no uso compartilhado de veículos elétricos para frotas públicas e disponibilizará 16 Renault Twizy em formato de car sharing para uso pelos servidores públicos.

No início do projeto, restrito apenas à Esplanada dos Ministérios e sedes dos órgãos da administração em Brasília serão atendidas com o elétrico da Renault. Na apresentação do projeto foi confirmado que já estão disponíveis dois Twizzy e até o final do ano chegarão as unidades restantes.

O aplicativo escolhido para fazer a gestão do projeto será o Mobi-e, desenvolvido pelo PTI e já utilizado em um programa de compartilhamento de veículos interno da Itaipu, que envolve também o Renault Twizy. O Mobi-e permite reservar os veículos disponíveis, acompanhar sua localização, monitorar a velocidade, a carga de bateria, as rotas percorridas, além de outras informações. O desbloqueio dos carros ocorre por meio dos cartões dos funcionários cadastrados no sistema.

Também pela montadora francesa que anunciou um acordo com a prefeitura de Curitiba, a capital paranaense estuda um serviço de veículos elétricos compartilhados. Há dois exemplares do Zoe sendo usados por servidores públicos mostrando a aceitação dos elétricos pela administração pública.

Indo além da esfera pública, a Renault também vendeu os elétricos Twizy para a Porto Seguros que usa 15 veículos no serviço de atendimento aos usuários desde o início de 2017.

Exemplos não faltam, mas é fato que a eletromobilidade ainda caminha de forma isolada e sem apoio do poder público para ganhar popularidade e adesão.

Fonte: R7 Autos e Carros

*com a colaboração de Guilherme Magna

 

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