Como a pandemia acelerou a transformação digital da Vivo e da Localiza

Em live da série Fronteiras Digitais, Christian Gebara, CEO da Vivo, conversou sobre os efeitos da crise do coronavírus com Eugenio Pacelli Mattar, CEO da Localiza

É seguro dizer que a pandemia do novo coronavírus forçou todas as empresas a revisarem seus planos para 2020. Para a Localiza e a Vivo, uma das primeiras medidas a tomar para evitar o contágio foi cancelar grandes conferências para seus funcionários, agendadas para o mês de março. As mudanças não pararam aí. Em poucos dias, as duas empresas colocaram a maior parte de seus funcionários em trabalho remoto, e passaram a dar (ainda) mais importância aos processos de transformação digital. Agora, as companhias buscam novos serviços e modelos de negócios para se adequarem às novas demandas dos clientes durante e no pós-pandemia.

Nesta quinta-feira (06/08), Eugenio Pacelli Mattar, CEO da Localiza, e Christian Gebara, CEO da Vivo, participaram da primeira live da série Fronteiras Digitais, uma parceria entre Época NEGÓCIOS e Vivo, com o objetivo de discutir assuntos urgentes para o mundo dos negócios. A conversa foi mediada por Sandra Boccia, diretora editorial de Época NEGÓCIOS e Pequenas Empresas & Grandes Negócios.

Para a Vivo, a pandemia evidenciou a necessidade da conexão para a sociedade. “Nosso propósito é digitalizar para aproximar. Conectar as pessoas à saúde, à educação, ao e-commerce, conectar pessoas entre pessoas. A pandemia mudou os hábitos, e percebemos que a digitalização é a forma de aproximar, e a sociedade enxergou esse serviço como ainda mais essencial do que antes”, diz Gebara.

Além de conectar, a Vivo foca em distribuir serviços digitais. “Com a capilaridade do nosso canal de vendas e a força da nossa marca, conseguimos também distribuir serviços digitais para os nossos clientes de educação, serviços financeiros e saúde. Era algo que a gente já fazia e que vamos ampliar ainda mais”.

A Localiza também acelerou sua digitalização, com foco no atendimento aos clientes pelos canais virtuais. Tendo iniciado seu processo de transformação digital em 2013, a empresa se viu mais pronta para se adaptar com agilidade às novas circunstâncias. Nos últimos anos, a Localiza passou a olhar para a digitalização como forma de fortalecer sua operação e encontrar também novos modelos de negócios.

Segundo Eugenio Pacelli Mattar, a ambição da empresa é ser digital em três frentes. Primeiro, no atendimento aos clientes. Segundo, na operação dos negócios, como a gestão dos 320 mil carros da empresa e a precificação do aluguel. Por último, na criação de novos modelos de negócios digitais. “No começo do ano, adquirimos uma empresa de telemetria. Com essa tecnologia, temos informações sobre o comportamento do cliente ao volante, vou saber na hora se houve algum acidente. E isso pode virar um negócio por si só”, diz Eugenio. “Veja a Amazon, por exemplo, que criou um serviço de nuvem para sua própria operação, mas hoje esse negócio é fonte de grande parte da receita da companhia”.

Christian, da Vivo, acredita que essa aceleração a que assistimos nos últimos meses deve perdurar no longo prazo. “A digitalização já existia, a pandemia acelerou passos que a gente inevitavelmente iria dar. Acho que vamos retroceder um pouco, mas não ao patamar anterior. Sempre vai ter o elemento presencial, e acho que para uma empresa, a presença ajuda muito na inovação e na construção da cultura”, diz Christian.

Para o futuro, o CEO da Vivo espera uma combinação entre os dois modelos – tanto no trabalho como em outras áreas. “As crianças vão voltar para a escola, mas devemos ver alguma combinação entre o presencial com o estudo à distância, para complementar o aprendizado. Não vamos deixar de ir ao médico, mas em um país grande como o nosso, a telemedicina resolve vários desafios. Queremos ver as pessoas de volta ao cinema e ao teatro, mas veremos também o entretenimento digital reforçado. São várias frentes que vão acelerar, mas o digital não vai substituir o presencial, os dois vão conviver”.

Na Localiza, a perspectiva também é de unir o trabalho remoto ao presencial. “Estamos planejando a volta ao trabalho presencial de dois dias por semana”, diz Eugenio. A empresa está atenta também às novas demandas dos consumidores. “Estamos investindo em outras soluções de negócio, como carros para pessoas físicas por assinatura, com manutenção, seguro e emplacamento incluídos. Também estamos trabalhando na assinatura de carro para pequenas e médias empresas. Estamos sempre olhando as novas soluções para futuro da mobilidade, pensando como podemos contribuir de forma positiva para depois da pandemia”, diz.

Pequenas e médias empresas

Tanto a Vivo quanto a Localiza desenvolveram iniciativas durante a pandemia para apoiar as pequenas e médias empresas – sejam voltadas para seus clientes como também para os seus fornecedores. Christian Gebara ressaltou que a Vivo antecipou o pagamento aos fornecedores no segundo e no terceiro trimestre, o que resultou em mais de R$ 1 bilhão em pagamentos antecipados para ajudar a gestão do fluxo de caixa dessas companhias.

Outra ação, para apoiar as pequenas e médias empresas que usam os serviços da Vivo, foi abrir a plataforma do programa de fidelidade da companhia, o Vivo Valoriza, como uma vitrine para os serviços oferecidos por elas. “Agora, pequenos e médios empresários podem distribuir seus serviços na plataforma. Além das grandes empresas, os clientes da Vivo encontram serviços de empresas locais”.

A Localiza também decidiu antecipar os pagamentos a seus fornecedores nesse período. Além disso, a empresa reduziu a tarifa para aluguel de carros por motoristas de aplicativos. “Eles chegaram a pagar R$ 9,90 por semana, e aumentamos o preço à medida que recomeçaram a rodar. Também oferecemos o separador de acrílico, para garantir a segurança do motorista”, diz Eugenio.

FONTE: ÉPOCA NEGÓCIOS

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