JSL (jslg3), controladora da Movida (movi3) e Vamos, atualiza sobre o momento atual

Essa semana, Denys Ferrez, o CFO da JSL (jslg3), comentou sobre o momento atual da empresa diante dos impactos causados pelo Coronavírus. De forma geral, temos a seguinte representatividade entre os negócios:

40% – Contratos de Longo Prazo: empresas mais focadas em commodities, sem impacto significativo nos resultados.

20% – Contratos de Curto Prazo do Setor Automotivo: impacto mais significativo, pois o setor está praticamente parado. Para a JSL, há perda de receita, mas o custo associado é relativamente fácil de ser ajustado, pois a empresa deixa de contratar parceiros terceirizado. Dessa forma, o Ebitda não é impactado na mesma magnitude. Apesar da perda de 20% na receita, o Ebitda apresenta queda entre 10 a 15%.

16% – Contratos de Curto Prazo em Setores que vem apresentando crescimento: representados principalmente pelos segmentos de alimentação e higiene, são setores que vem ampliando levemente sua demanda.

22% – Contratos de Curto Prazo Setores em leve Desaceleração: outros setores que se encontram em leve queda de atividade em relação à sua média histórica.

(nota SmallCaps: pela somatória, faltaram 2% dos resultados, que deve ser referente à arredondamento, já que os números representam apenas ordens de grandeza.)

Sobre algumas empresas do Grupo:

CS BRASIL: pouco impactada, pois a principal fonte de receita são os contratos de LP

MOVIDA (movi3): Contratos de terceirização de frotas de LP seguem com estabilidade. Já os contratos de rente-a-car, a taxa de ocupação, que era próxima a 75%, vem se estabilizando ao redor de 58% a 60%, sendo que apenas 30% das lojas se encontram fechadas. Já as vendas de veículos usados, vem acontecendo em apenas 20% do que costumavam acontecer (impulsionados pelas vendas on-line). Cenário, de forma geral, melhor do que o esperado.

VAMOS: 90/95% contratos de LP (maioria acima de 5 anos). Esses seguem rodando da mesma forma. Destaque para os principais perfis resilientes, como de Agronegócios, energia e delivery.

BBC: operação rodando normalmente (bem como garantia) com as vendas suspensas, sendo a parte de manutenção ativa.

Como será a retomada após a Quarentena?

Impossível saber sobre o futuro. Única Certeza: JSL tem flexibilidade de se ajustar aos volumes. Trabalham todo dia com diversos cenários para seguir com os retornos adequados independentemente do tamanho da operação.

Caixa e Investimentos

Entre os dias 12 e 19 de março, foram contratadas novas linhas de empréstimos e outras foram alongadas. Atualmente, o  caixa se encontra em R$ 4,2 bi (2,5 vezes o vencimento de curto prazo). Foi cortado tudo o que é supérfluo dentro da empresa. Foram feitos ajustes em horas trabalhadas de algumas áreas, com respectiva redução de custos.

A empresa não fará nenhum investimento adicional nesse momento. A estrutura atual não necessita de Capex, com exceção de compras pontuais para cumprimento de contratos de longo prazo.

Ano passado a empresa investiu R$ 2,7 bi, sendo que quase todo ele, foram para expansão. Por outro lado, a companhia vem gerando caixa de  R$ 1,5 bi anuais. Como os investimentos atuais são primordialmente para crescimento (ou seja, não são em sua maioria necessários para a manutenção das operações atuais), não há expectativa de queima significativa de caixa. A idade média dos ativos do grupo é muito nova. O Capex de manutenção será próximo de zero.

Inadimplência: até o momento, não há nenhuma mudança em relação ao comportamento financeiro em relação aos seus clientes.

FONTE: Small Caps

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