Na estreia dos jogos no Maracanã, Rio passa no primeiro teste de mobilidade

O plano de mobilidade montado para atender aos torcedores que foram assistir a Argentina x Bósnia, primeiro jogo da Copa do Mundo realizado no Maracanã, passou no teste. Com as principais vias de acesso ao estádio bloqueadas à passagem de carros de passeio, em alguns trechos até seis horas antes da partida, bem como a proibição de estacionamento em vias próximas desde sábado, o transporte público foi o principal meio empregado para chegar ao Maracanã.
As linhas de ônibus, o BRT Alvorada-Galeão e o metrô reforçaram a frota. O único incidente aconteceu no metrô, mas não chegou a afetar a rotina dos serviços: a estação da Rua Uruguai, na Tijuca, foi fechada por três minutos das 17h29m às 17h32m, quando manifestantes anti-Copa passaram pelas imediações. No fim da tarde, eles também fecharam a Rua Conde de Bonfim, na altura da Praça Saens Peña, no sentido Estácio, durante 20 minutos, enquanto caminhavam pela via. Durante a partida, também aconteceram interdições na Avenida Maracanã e no Boulevard Vinte e Oito de Setembro.
A Secretaria municipal de Transportes chegou a montar um bolsão de estacionamento na Ilha do Fundão para receber os ônibus que chegassem de fora do Rio em cima da hora. O estacionamento não chegou a ser utilizado. Oito veículos de turismo que tentaram passar por pontos de bloqueio foram desviados, e os passageiros orientados a usar o transporte público. Ao todo, 132 veículos estacionados em áreas proibidas no entorno do estádio foram rebocados. Um estacionamento irregular na Rua Barão de Mesquita foi fechado.
No BRT Transcarioca, os passageiros faziam integração com o metrô na estação da Linha 2, em Vicente de Carvalho. Os trens circulavam com intervalos de 20 minutos, em média. O serviço funcionou com 13 ônibus biarticulados e mais sete coletivos que não chegaram a ser usados, mas foram mantidos durante o dia como veículos de reserva na Ilha do Fundão.
BRT É APROVADO
No Tom Jobim, alguns passageiros saíram direto do aeroporto para o estádio, fazendo uso do BRT e do metrô. No grupo, havia até turistas sem ingresso, como o japonês Masanori Takashigem, de 31 anos. Funcionário de uma empresa de segurança em Tóquio, ele veio de Recife, onde assistiu no sábado à noite a derrota do Japão para a Costa do Marfim. Como tinha que esperar até o fim da noite por uma conexão no Tom Jobim que o levaria de volta para casa, decidiu dar uma volta pela cidade:
— Quero ao menos tirar umas fotos do Maracanã. Se der tempo, também pensei em passar na Fifa Fan Fest, em Copacabana — contou o turista.
Por Luiz Ernesto Magalhães, do O Globo.

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