2018: ano de arriscar ou ser mais cauteloso nos gastos?

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Quando o ano começa, o brasileiro faz planos e, por consequência, toma decisões financeiras importantes. Mas, diante do cenário econômico e político, o que vale fazer em 2018 e o que é melhor deixar para depois? Será um bom momento pra comprar imóvel ou é mais interessante continuar no aluguel? Trocar de carro ou esperar? Tentar um novo emprego, menos estável, ou investir em um curso de especialização? Continuar a segurar os gastos ou voltar a viajar para o exterior, por exemplo? Enfim, 2018 será um ano de arriscar ou ser mais cauteloso financeiramente?

Confira as perspectivas que o novo ano traz, segundo planejadores financeiros e consultores de carreira e empreendedorismo.

Imóveis
De modo geral, o custo do aluguel está relativamente baixo hoje, diante dos valores para a compra de um imóvel. Essa relação já foi maior, mas o investidor ainda não precisa ter pressa para comprar a casa própria, pois financiamentos em condições vantajosas devem aparecer cada vez mais, segundo Marcelo Cotrim, da Planejar – Associação Brasileira dos Planejadores Financeiros.

“Com a queda dos juros, os empréstimos imobiliários vão continuar caindo ao longo do ano. Haverá também oportunidade de refinanciamento, pouco usado no Brasil, que é a renegociação da dívida, mudando, inclusive, de instituição financeira. Quem fez financiamento em tempos de juros altos pode se beneficiar do refinanciamento agora”, explica ele.

Automóveis
O cenário é parecido com o dos imóveis: os financiamentos vão ficar mais baratos ao longo de 2018 e esperar para trocar o carro mais para o fim do ano pode ser interessante, de acordo com Cotrim.

Empregos
Ao considerar arriscar um movimento profissional – seja trocando uma empresa consolidada por uma startup ou saindo em voo- solo em algum empreendimento – mais do que o cenário macroeconômico brasileiro, é preciso ter planejamento e avaliar a situação individual de cada um.

Fabiano Nagamatsu, consultor do Sebrae-SP, lembra que os aluguéis baixos, o aquecimento do setor de serviços, que necessita de estrutura e capital de giro menores, e a reforma trabalhista estimulam o empreendedorismo. “Por outro lado, a indefinição política é uma desvantagem. Mesmo assim, há investidores olhando para o Brasil, principalmente para empreendimentos menos tradicionais, como os da área de tecnologia e inovação”, comenta ele.

Educação
No caso dos estudos, é comprovado que em países desenvolvidos, quando há um hiato na atividade econômica, a busca por cursos de especialização é maior. “A procura de MBAs nas universidades americanas cresce quando a economia se retrai. No Brasil, onde a educação custa caro e investir em capacitação pode ser um desafio, essa relação não é tão direta”, diz Cotrim.

Mais uma vez, o momento pessoal acaba tendo um grande peso na decisão de quando investir tempo e dinheiro em uma pós-graduação.

Viagens
Reduzir gastos foi a solução de muitas famílias para enfrentar a crise econômica dos últimos anos. A retomada dos gastos, inclusive com viagens, deve ser feita com cautela, com planejamento e compras feitas com antecedência – afinal, a recuperação do país se apresenta de forma lenta e gradual. “Não será nada parecido com o boom de crescimento entre 2007 e 2011, quando havia altos índices de emprego e o Real estava forte diante do dólar”, explica Cotrim.

Por Marina Monzillo, da Veja.

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