Movimento Supera Turismo completa um ano

Segundo Renato Franklin, presidente da Movida, “…iniciativas como esta do Movimento Supera Turismo geram mais união e mais visibilidade para o setor. Bem antes da pandemia já se falava em bleisure travel – tendência de conciliar viagens a negócios e a lazer. E essa tendência foi acelerada com a crise sanitária”. Hoje, há mais viajantes corporativos se valendo do aluguel de carros do que antes da pandemia.

 

O 1º aniversário do Supera Turismo, movimento fundamentado na participação voluntária, começou a ser comemorado em 1º de junho. Contou com membros do Conselho Consultivo do Mercado, composto por dirigentes, lideranças e profissionais dedicados à atividade turística. Hotelaria, locação de veículos, cias aéreas e cruzeiros marítimos estiveram representados por executivos das respectivas empresas. Webinar foi coapresentado pelos jornalistas Luiz Henrique Miranda (Agência Amigo – Comunicação Integrada) e André Coutinho (Apresentador da BandNews FM e BandNews TV).

Com foco no tema ‘Tendências para o turismo e papel de cada um no novo cenário’, evento foi marcado pela qualidade dos conteúdos, numa perspectiva nitidamente positiva e otimista. Detalhe: na abertura, o novo vídeo do movimento. E no fecho, o primeiro, quando do lançamento, há um ano.

Idealizadores e confundadores

Carlos Prado, CEO do Grupo Tour House: “Um dos motivos que levaram ao lançamento do Supera Turismo é o restabelecimento de emprego e renda. Conseguimos minimizar o estrago e preservar milhares de empregos”.

Marina Figueiredo – Braztoa e Pomptur: “Nessa luta pela superação, a força da união e do coletivo foi e tem sido fundamental. Nosso objetivo, desde o início, foi abreviar o tempo da retomada, mas de forma segura e sustentável”.

Aldo Leone – CEO da Agaxtur: “Faz 11 meses que resolvi viajar pelas cinco regiões do Brasil – coisa que eu não fazia desde os anos 80. Se for pela minha vontade, o turismo não vai parar”.

Representantes do Conselho Consultivo do Mercado

Chieko Aoki – fundadora e presidente do Blue Tree Hotels; Paulo Kakinoff, CEO da Gol Linhas Aéreas; Estela Farina – – Diretora geral da Norwegian Cruise Line no Brasil; Renato Franklin – CEO da Movida Rent a Car; e Jerone Cadier – CEO da Latam Airlines Brasil.

O jornalista Luiz Henrique Miranda direcionou a seguinte pergunta aos convidados: “Quais as principais mudanças que cada um dos conselheiros identifica no mercado de viagens e turismo no cenário da retomada, do ponto de vista da sua empresa”?

Para Chieko Aoki, “A melhor coisa que vejo no movimento Supera Turismo é a união de todos. Assim como o Aldo Leone, também tenho procurado conhecer o Brasil. Hoje, na BTH, atendemos a diversidade da demanda, seja ela do corporativo ou do lazer”.

Segundo Paulo Kakinoff, “O ritmo de recuperação será muito mais acelerado no mercado doméstico. As viagens internacionais virão depois”. O executivo acredita que cerca de um terço das viagens a negócios, que se realizavam antes da pandemia, será eliminado. E que o turismo doméstico voltado para o lazer vai compensar essa mudança em relação o corporativo.

Estela Farina, observou: “Meus cumprimentos aos idealizadores e cofundadores do Movimento Supera Turismo. Conseguiram montar um autêntico quebra-cabeça, ao aproximar e juntar players de áreas diferentes”. A executiva disse que todos precisam estar bem para que as coisas andem bem. “Mantemos o otimismo. A nossa próxima temporada, no Brasil, contará com sete navios e começará em 31 de outubro”.

Renato Franklin opinou: “A pandemia é muito triste e ruim. Mas iniciativas como esta do Movimento Supera Turismo geram mais união e mais visibilidade para o setor. Bem antes da pandemia já se falava em bleisure travel – tendência de conciliar viagens a negócios e a lazer. E essa tendência foi acelerada com a crise sanitária”. Franklin acrescenta que hoje as pessoas querem conhecer o Brasil, ficam baseadas em determinado destino e, ao alugar um carro, podem se deslocar pelo entorno. Hoje, há mais viajantes corporativos se valendo do aluguel de carros do que antes da pandemia. E que o Movimento Supera Turismo, surgido na pandemia, deve permanecer e ser incorporado para sempre.

Já Jerome Cadier corroborou a fala de seus antecessores e acrescentou: “Conforme a Chieko Aoki disse, o grande mérito do Movimento Supera Turismo é promover o aprendizado. Quando às principais mudanças no setor, vejo dois desafios fundamentais: a aviação sempre teve ciclos de planejamento muito longos e agora esses ciclos encurtaram violentamente. E os preços das passagens aéreas devem se tornar mais atrativos. Cadier também acredita que será necessário ter muito mais flexibilidade para entender as variações de demanda. Enquanto antes se falava em 12 meses, agora se fala em 15 dias. A competitividade vai se tornar muito maior.

Alta tecnologia como aliada

Chieko Aoki complementou: “Ocorre-me o conceito de hig tech – hig touch, termo cunhado pelo futurólogo norte-americano John Naisbitt, em 1982. O autor indagava se a tecnologia conseguiria mesmo cumprir tudo aquilo que promete. E a que preço. Noto que a sustentabilidade está muito ligada ao hig touch. Unir as pessoas dentro da organização. Diversidade é um valor cada vez mais urgente. Temos de ser globais em termos de pessoas”. Chieko acredita que a descoberta das pessoas tem sido uma das coisas mais bacanas do hig touch. E comenta sobre a criação da personagem ‘Belinha’, no Blue Tree Hotel.

De acordo com Jerome Cadier, “A pandemia acelerou uma série de investimentos que já eram parte do futuro da evolução. No caso da Latam, cortamos uma série de investimentos. Mas a gente aumentou os investimentos da companhia na plataforma digital. Implantamos o atendimento remoto e o autoatendimento e caminhamos para a leitura biométrica do passageiro, para efeito de check-in e embarque… Temos, também, um robô desenvolvido em São Carlos (SP), que faz toda as higienização da cabine do avião, com uso de raio ultravioleta“.

Carlos Prado concluiu no encerramento do webinar: “Eu acredito no potencial turístico do Brasil. Acredito no Brasil. E também acredito nos brasileiros, na nossa capacidade de se recriar. Não deixemos de usar os recursos que Deus nos deu… para que a gente possa fazer, de uma maneira sustentável, o turismo que o Brasil merece e que nós queremos”.

Fonte: Revista Hotéis

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