Montadoras mudam discurso e pedem medidas de longo prazo

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A Anfavea (Associação Nacional das Fabricantes de Veículos) afina seu novo discurso. Segundo o jornal “Folha de S.Paulo”, sempre ponderada em seus posicionamentos políticos, a associação quer demonstrar total apoio à gestão Michel Temer na Presidência, vista como “a hora da virada”, segundo Antonio Megale, presidente da entidade.
A indústria automotiva abandonou o desejo por ações de recebimento de subsídios ou incentivos pontuais, como a sequência de reduções de impostos que garantiu recordes de venda e rentabilidade entre 2003 e 2013. A Anfavea sabe que repetir medidas desse tipo atrasaria qualquer rascunho de reforma tributária, fundamental para o fortalecimento do setor.
A expectativa atual das montadoras é por uma política industrial de longo prazo, algo como dez anos, e etapas bem definidas. Seria um desdobramento do programa Inovar-Auto, mas com alguns ajustes nas metas.
Outro ponto em questão é a mudança na legislação trabalhista. A associação não ousa falar em terceirizações em larga escala no chão de fábrica, mas propõe alternativas como os contratos de serviços especializados.
O objetivo é reduzir gastos e também a insegurança jurídica das montadoras no que diz respeito às relações de trabalho em contratos temporários, que não raro terminam na Justiça.
As conversas com o governo incluem ainda novos incentivos às exportações por meio de acordos comerciais. O ministro das Relações Exteriores José Serra foi um dos primeiros a receber representantes das montadoras.
Os próximos passos são sentar à mesa com Michel Temer e se aproximar de parlamentares na tentativa de aprovar medidas polêmicas, como as que mexem nas relações de trabalho.
Fonte: Transporte, Idéias & Notícias 

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