Após fim do Inovar Auto, importação de automóveis cresce 38% em janeiro

No mês passado foram importadas 15.409 unidades, contra 11.117 do mesmo mês de 2016. Alta ocorre após fim do regime automotivo, que taxava carros produzidos fora do Mercosul e México.

número de automóveis importados cresceu 38,6% em janeiro deste ano, para 15.409 unidades, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (1º) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Servicos (MDIC). No mesmo mês do ano passado, as importações haviam somado 11.117 unidades.

Os dados oficiais do governo mostram ainda que o valor total das importações avançou para US$ 271,9 milhões em janeiro deste ano, alta de 58% na comparação com os US$ 171,9 milhões registrados no mesmo mês de 2017.

Segundo o diretor do Departamento de Estatísticas e Apoio à Exportação do MDIC, Herlon Brandão, esse crescimento das compras de automóveis do exterior pode estar relacionado com o fim Inovar Auto e com a maior demanda interna, reflexo do reaquecimento da economia.

No programa Inovar Auto, que vigorou até o fim do ano passado, era cobrado um adicional de 30 pontos percentuais de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos importados não produzidos em países do Mercosul ou no México – que possuem acordo com o Brasil.

O governo brasileiro negocia um novo regime automotivo, o Rota 2030, que deve ser anunciado até o fim de fevereiro, mas o IPI para estes países não deve subir para o patamar anterior, uma vez que essa política foi condenada pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

Questionado se esse crescimento de importações de veículos é uma tendência, Herlon Brandão, do MDIC, afirmou que ainda é “cedo para avaliar”, mas acrescentou que “espera-se que sim”.

“Assim como as importações como um todo vão crescer [com o crescimento da economia], as de automóveis também”, declarou ele.

Veja abaixo a variação das importações por país:

 

  • Argentina: com o qual o Brasil já possuía acordo automotivo: alta de 53,7%, para US$ 114,5 milhões
  • México: com o qual o Brasil já possuía acordo automotivo: queda de 17,3%, para US$ 49,7 milhões
  • Coreia do Sul: que não possui acordo automotivo e tinha IPI maior até dezembro: alta de 445% em janeiro, para US$ 24 milhões
  • Japão (que tinha IPI maior até dezembro): alta de 176% em janeiro, para US$ 21 milhões
  • Alemanha (que tinha IPI maior até dezembro): alta de 204% em janeiro, para US$ 26,8 milhões
  • China (que tinha IPI maior até dezembro): alta de 87% em janeiro, para US$ 3 milhões
  • Suécia (que tinha IPI maior até dezembro): alta de 408% em janeiro, para US$ 6,1 milhões

Fonte: Auto Esporte | Por Alexandro Martello, G1, Brasília –

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