Volkswagen vai afastar mais 2,4 mil operários no ABC

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No maior contingente de operários afastados em uma montadora desde o início da crise na indústria automobilística, a Volkswagen vai suspender temporariamente os contratos de 2.357 trabalhadores em sua fábrica no ABC paulista a partir de segunda-feira, quando o terceiro turno do parque industrial será desativado.
Segundo o sindicato dos metalúrgicos da região, esse grupo se soma a outros 220 operários que já estão há um mês afastados das linhas de produção, elevando assim para 2.577 o total de empregados suspensos, ou quase 20% dos aproximadamente 13 mil funcionários da fábrica.
A Volkswagen não comenta a informação. Na quarta-feira, porém, o novo presidente da montadora no país, David Powels, já havia anunciado o fim do terceiro turno. Também adiantou na ocasião que a companhia vinha avaliando alternativas para evitar demissões.
Pela solução acertada, conhecida como “layoff”, os empregados com contratos suspensos têm parte do salário (R$ 1,3 mil) financiada pelo caixa do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) por, no máximo, cinco meses. As montadoras vêm recorrendo com frequência a esse expediente, mas dizem que a solução é insuficiente para enfrentar crises longas como a atual. Por isso, o setor cobra celeridade do governo no lançamento do novo programa de proteção ao emprego em fase final de gestação em Brasília.
Além da fábrica no ABC, a Volks mantém em “layoff” 570 trabalhadores do complexo industrial de São José dos Pinhais, no Paraná, e outros 370 em Taubaté (SP), onde produz o Gol e o subcompacto Up!. Na fábrica paranaense, o terceiro turno está suspenso, enquanto na unidade do interior paulista a jornada noturna já foi extinta.
No ABC, o sindicato dos metalúrgicos diz que a montadora reafirmou o compromisso, pactuado em janeiro, de não realizar demissões em massa até 2019. Isso, porém, não impede a fabricante de lançar programas de demissões voluntárias, ferramenta pela qual cortou 800 vagas no primeiro trimestre.
A partir de segunda-feira, a montadora de caminhões e chassis de ônibus MAN também vai colocar cerca de 600 operários em “layoff” no complexo industrial em Resende, no sul do Rio de Janeiro — dado o fim do segundo turno de produção.
Antes disso, a Volvo, instalada em Curitiba (PR), vai suspender entre 400 e 600 metalúrgicos a partir de amanhã, quando 75 trabalhadores da Mercedes-Benz também serão afastados da produção na fábrica da marca alemã em Juiz de Fora (MG).
Fonte: Valor Econômico

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