O mapa das leis e dos costumes automotivos pelo planeta

Uma das melhores coisas de viajar é conhecer as culturas e costumes de outros países. As diferenças vão além da alimentação e do modo de vestir. Frequentemente, até a convivência com os veículos muda. Impostos, placas, taxas e até a maneira como se quitam débitos varia. Na Europa, alguns países cobram multas no ato da infração – os agentes de trânsito carregam uma máquina de pagamento por cartão de crédito. No estado da Califórnia (EUA), há limites e restrições para a lavagem de carros – água por lá é um item mais escasso do que aqui.
Na Índia, é comum ver automóveis amassados e com arranhões, ao contrário do Brasil, onde as pessoas costumam não tolerar nem pequenos riscos na lataria. Além disso, a carteira de motorista deles é similar a um cartão bancário, com chip e dados do condutor. Nos EUA, cada estado tem suas próprias regras, diferentemente da maioria dos países, onde as leis são federais. No Japão, os carros custam relativamente pouco, mas o governo onera seus custos por meio de pesados impostos. No país asiático, assim como Inglaterra e África do Sul, o volante fica do lado direito dos veículos, e o fluxo do tráfego é inverso ao nosso. É uma diferença que pode transformar um mero choque cultural numa colisão frontal.
Estados Unidos: Em alguns estados americanos, como na Virgínia, o dono do carro pode escolher entre mais de 200 grafismos temáticos para o fundo da placa e combinar letras e números, mediante uma taxa anual. Lá, o curso de condutores exige 60 horas de experiência.
Canadá: Para contestar uma autuação, é necessário ir a uma corte judicial. Lá, um juiz determina se a infração deve ser descartada ou não. Na província de Ontário, há 15 tipos de licença para dirigir, que variam de acordo com o veículo. É possível dirigir aos 16 anos, desde que a pessoa esteja acompanhada de um habilitado, com mais de 25.
Alemanha: Paga-se uma taxa pesada no momento da compra, a VAT (Value Added Tax). Ela corresponde a 19% do valor do veículo. Além disso, uma inspeção veicular é realizada a cada dois anos em toda a frota nacional, algo que
África do Sul: Os sul-africanos combatem a poluição assim: o motorista paga o Green Tax, uma taxa atrelada às emissões de CO2 do carro. Quanto maiores os índices, mais cara é a cobrança. Até 120 g/km, o custo é zero. Acima disso, são 75 randes. Entre 300 e 500 g/km, cobram-se de 13500 a 24750 randes, algo entre R$ 3500 e R$ 5700. O Fiat 500 é isento, pois emite só 119 g/km.
Japão: Em acidentes, é o policial quem determina o culpado pela batida ou a porcentagem de responsabilidade de ambos. Se 80% da culpa for do motorista A, paga a multa na mesma proporção. A inspeção veicular japonesa exige a troca de itens de desgaste, mesmo que o motor e as emissões estejam dentro do padrão.
Índia: A composição da placa é longa: duas letras representam o estado e dois números distinguem a cidade. Ambos são seguidos por mais seis dígitos. A licença pode ser escrita em idiomas regionais, desde que o veículo não saia do próprio estado. Há muitos carros sem retrovisores e os donos não costumam consertar pequenas batidas: as ruas apertadas não colaboram com a lataria.
Dubai: O motorista recebe pontos negativos ao ser autuado, e a mancha vigora por 12 meses. Quem acumula 24 perde a habilitação. Para incentivar a boa conduta, são cedidos “white points” a quem não cometeu infrações em um ano. Esses créditos viram prêmios em dinheiro ou servem para eliminar os “black points” da carteira.
Por Carolina Simionato, da Revista Quatro Rodas.

plugins premium WordPress
Receba as últimas notícias

Assine a nossa news gratuitamente.
Mantenha-se atualizado com
as notícias mais relevantes diretamente em seu e-mail.