Fiat foca em renovar linha e exportar

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De Automotive Business
A renovação completa do portfólio da Fiat na América Latina foi iniciada este ano pelas pontas, na parte de cima com a picape Toro (leia aqui) e embaixo como o compacto popular Mobi (leia aqui), ambos lançados no intervalo de dois meses entre fevereiro e abril. “Agora vamos trabalhar no recheio desse nosso sanduíche”, faz a analogia Stefan Ketter, presidente da Fiat Chrysler Automobiles, FCA, para os mercados latino-americanos (com exceção do México) e vice-presidente global de manufatura do grupo. Segundo ele, o ritmo será de um lançamento por semestre até 2018, com produtos novos, e foco também em aumentar as exportações. “Vamos aproveitar nossa grande vantagem que é a capacidade local de desenvolvimento independente da matriz, que poucos fabricantes têm aqui”, destaca.
Ketter avalia que a Toro e o Mobi são mostras distintas do que a FCA pode fazer no Brasil para o mundo. Com maior valor agregado e padrão de qualidade internacional, a Toro já tem interessados em países desenvolvidos, como os Estados Unidos. “Ainda estamos na fase de estudos se é possível exportar o modelo para lá”, explica o executivo – existem restrições quanto a impostos e emissões. “Mas o fato é que se não tivéssemos investido em uma fábrica entre as mais eficientes do mundo (em Goiana, Pernambuco, que também produz o Jeep Renegade nacional), onde é possível fazer esse tipo de veículo, não teríamos alcançado esse padrão e não atrairíamos esse interesse. Ninguém exporta carros para os Estados Unidos a partir do Brasil e nós poderemos ter essa capacidade”, pontua.
Embora com qualidades bem mais modestas, o Mobi também deverá ter forte presença em mercados que consomem carros de baixo custo. A Fiat espera vender o modelo em toda a América Latina, incluindo o México. Em escala gradual nos próximos 12 meses, cerca de 30% da produção do novo compacto deverá ser destinada ao exterior, o que pode significar algo entre 20 mil e 30 mil unidades por ano.
“Queremos nos tornar uma base de exportação. Nossa política é de construir um mercado de América Latina real, não só Argentina, que pode ser considerado como parte do mercado brasileiro. A verdade é que nunca fizemos isso, costumamos exportar só para o país vizinho. O plano é expandir esse horizonte para todos os países da região, incluindo os andinos, todo o Mercosul e o México”, afirma Ketter. Ele avalia que a FCA tem vantagens competitivas para isso: “Tenho certeza que só nós temos independência de design e engenharia regional para desenvolver carros próprios, as outras montadoras precisam muitas vezes importar plataformas e adaptar. Pela primeira vez estamos desenvolvendo no Brasil um centro de plataformas internacionais que podem ser usadas globalmente.”
Ketter avalia que ainda levará algum tempo para desenvolver mais mercados de exportação: “Nunca colocamos foco nisso. Por isso precisamos construir todo o processo e iniciar as negociações. Isso não será feito da noite para o dia.”
Fonte: ABLA

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