Com linha 2015 nas lojas, carro 2014 só vale se tiver bom desconto

Agosto nem chegou ao fim, mas muitas montadoras já passaram até do réveillon: elas já colocaram nas lojas os carros ano 2015. Só que as versões de 2014 ainda estão à venda. Será que ainda vale comprar um modelo deste ano? A melhor maneira é analisar o tipo de atualização no carro -se houver- e a diferença de preço, dizem especialistas.
Fazer as contas é fundamental: “Um modelo de linha mais antiga só vale a pena se o desconto for de pelo menos 20%, que é a diferença de desvalorização para um novo”, explica Arnaldo Brazil, executivo-sênior da consultoria MSX International. Isso significa desconto de R$ 8 mil em um carro que custa R$ 40 mil, por exemplo.
Informe-se ainda sobre o que mudou no carro 2015 para o 2014. “Se as mudanças forem consideráveis, como um novo motor ou visual atualizado, vale pagar mais pela novidade, já que a desvalorização posterior vai ser menor”, diz Brazil. Se alterações forem pequenas, como mudanças de tecidos ou novas cores, ou nem houver mudanças, essa dica tem menos peso e o que vai contar mesmo é a diferença de valor.
Como exemplo, a Ford tem em sua tabela o New Fiesta nos modelos 2014 e 2015, que não têm diferenças no visual ou na mecânica. A versão mais básica, 1.5 S, passou de R$ 42.190 no carro 2014 para R$ 42.990 no 2015.
Nesse caso, como a diferença é pequena (de R$ 800), vale investir no 2015 ou pedir um superdesconto no 2014, ensina o consultor.
O que motiva a virada
A virada de ano nas montadoras tem começado cada vez mais cedo. Em fevereiro, por exemplo, a Volkswagen lançou o compacto Up! como linha 2015, mesmo faltando 10 meses para o Ano Novo.
Em algumas situações, a mudança do ano/modelo pode trazer uma nova geração, troca de motores ou alterações visuais, chamadas de reestilização. No entanto, há casos em que as alterações não passam de detalhes.
“Basicamente, há dois motivos para que um carro mude de linha: modificações visuais ou mecânicas e concorrência”, diz o vice-presidente da Chevrolet do Brasil, Marcos Munhoz.
Cuidado com nomenclaturas como “novo carro tal”, pois elas tanto podem significar que o modelo sofreu uma mudança profunda (nova geração) ou ser apenas uma jogada de marketing.
E quem ainda não mudou?
Há algumas razões para alguns veículos ainda não terem a versão 2015. No caso dos importados, pode ser que, no país em que é fabricado, o modelo ainda esteja na linha 2014.
Outra causa pode ser a adoção de mudanças em breve, como no caso do Chevrolet Cruze. Apesar de a GM não confirmar, o sedã deve ganhar uma leve reestilização até o final do ano, para a linha 2015.
Por outro lado, a demora na “virada” pode ser sinal de que a comercialização será encerrada em breve. É o caso do Fiesta RoCam. A marca já parou a produção, e o modelo apenas aguarda o fim dos estoques das concessionárias para dar adeus ao mercado.
Por André Paixão, do G1.

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