Carro a hidrogênio, que solta água, está longe de ser produzido no país

Uma das principais atrações da Toyota no Salão do Automóvel de São Paulo 2014, o FCV movido a hidrogênio não tem a menor chance de ser produzido no Brasil, pelo menos nas próximas décadas, segundo o CEO da marca para América Latina e Caribe, Steve St. Angelo. “Não deve ser feito no Brasil enquanto eu viver, pelo menos”, afirmou o executivo de 59 anos.

O primeiro automóvel comercial de grande escala que usa hidrogênio como combustível começa a ser vendido no ano que vem, primeiro no Japão e depois nos Estados Unidos, com preço estimado em US$ 70 mil (cerca de R$ 170 mil).

Carro ‘faz’ água

Como funciona? É semelhante aos híbridos que podem ser carregados na tomada (plug-in), mas em vez de energia elétrica, ele tem dois tanques de hidrogênio de alta pressão.

Em uma estação no assoalho no veículo, o hidrogênio é quebrado em 2 moléculas, o que gera uma descarga elétrica. Essa energia é direcionada a um conversor de tensão, que alimenta uma bateria. O resultado dessa reação é água, que sai pelo escapamento.

Um dos motivos que deixam o FCV distante do Brasil é a necessidade de uma infraestrutura de postos para abastecimento com hidrogênio – a rede já está sendo instalada no Japão. De acordo com a fabricante, uma recarga leva apenas 3 minutos.

O uso de hidrogênio como combustível é estudado pela indústria há pelo menos duas décadas – todas as grandes montadoras já apresentaram protótipos, mas nenhuma apostou comercialmente nela como a Toyota.

Por Peter Fussy, do G1.

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