Peugeot anuncia plano de resgate

A PSA Peugeot Citroën planeja fabricar novos carros e se expandir na Ásia sob um acordo de resgate francês fechado com a chinesa Dongfeng, disse a montadora nesta quarta-feira (19), após divulgar um prejuízo de US$ 3,2 bilhões em 2013, que reforça o tamanho da tarefa quem tem à sua frente.
O grupo com sede em Paris anunciou a tão esperada injeção de recursos de 3 bilhões de euros que irá resultar numa nova liderança, mais tempo para sua reestruturação e um fim para dois séculos de controle familiar pela família Peugeot.
A Dongfeng Motor Group e o Estado francês vão pagar, cada um, 800 milhões de euros por uma fatia de 14% na montadora, equivalente à participação reduzida da família fundadora no negócio, disse a Peugeot.
As ações da Peugeot chegaram a saltar 9% depois da empresa ter revelado seus novos objetivos com a parceria com a Dongfeng e ter divulgado o corte na queima de caixa no ano passado, batendo uma meta de recuperação interina.
“A melhoria da situação na Europa está começando a afetar a empresa”, disse o analista do ISI Group Erich Hauser, acrescentando que estava “surpreso com o quanto melhor o desempenho da PSA foi na segunda metade” do ano passado.
Mas a Peugeot disse que ainda teve um prejuízo líquido de 2,32 bilhões de euros (US$ 3,2 bilhões) em 2013, advertindo que pode continuar no vermelho até 2016, um ano mais tarde que o inicialmente prometido.
O diretor financeiro da montadora, Jean-Baptiste de Chatillon, disse que a Peugeot usará o capital novo em tecnologia híbrida, carros de baixo custo e nos mercados do Mediterrâneo, onde foi deixada para trás pela rival francesa Renault-Nissan.
Enquanto o prejuízo da divisão principal de automóveis da Peugeot caiu 30%, para US$ 1,04 bilhão no ano passado, a dívida líquida da companhia aumentou aproximadamente na mesma medida, a US$ 4,15 bilhões, apesar dos drásticos cortes de investimento.
O prejuízo líquido de € 2,32 bilhões no ano passado diminuiu ante perda de 5 bilhões de euros em 2012, quando a montadora foi atingida por baixas contábeis de ativos. Em 2013, o prejuízo foi agravado por efeitos cambiais, que também levaram a um declínio de 2,4% nas vendas do grupo, a 54,09 bilhões de euros.
Troca de presidente
No fim desta quarta, a PSA divulgu que a partir de 31 de março, o português Carlos Tavares assumirá o lugar de Philippe Varin na presidência do conselho. Já no próximo doa 20, Tavares assumirá a responsabilidade pelas operações do grupo. A troca já havia sido anunciada em novembro passado.
Até agosto passado, ele foi o número 2 da rival e compatriota Renault, comandada pelo brasileiro Carlos Ghosn, e também teve posto de direção na Nissan, parceira dessa marca francesa. Pouco antes da saída, “para prosseguir projetos pessoais”, como escreveu a Renault ao anunciar a novidade, Tavares deu uma entrevista em que admitia ter poucas chances de suceder Ghosn antes de o brasileiro se aposentar e que gostaria de dirigir um dos gigantes americanos, a General Motors ou a Ford.
Fonte: G1

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