Para MDIC, não há crise no setor automotivo

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De Automotive Business

A retração de 23,1% nas vendas de veículos no primeiro bimestre parece não ter alarmado o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro. “Crise é algo que passa longe do setor automotivo”, garantiu ele logo após reunião com a Anfavea que reuniu cerca de 40 líderes das montadoras instaladas no Brasil. O encontro aconteceu em São Paulo (SP), na quinta-feira, 26.

Na análise de Monteiro, a indústria local enfrenta contração das vendas e do nível de atividade, mas isso não representa um colapso. “Com um mercado interno desta dimensão não podemos pensar em crise. Estamos entre os cinco maiores do mundo em vendas de veículos”, lembra, usando dados de 2014 já que, se o ritmo de vendas continuar o mesmo, o Brasil deve perder posições no ranking global este ano.

A análise otimista do ministro indica até mesmo uma improvável retomada das vendas ainda em 2015. Segundo ele, passado o momento mais rígido do ajuste fiscal que o País enfrenta, os números da indústria automotiva começarão a apontar para cima. A expectativa é de crescimento das exportações, que devem se tornar mais robustas nos próximos anos com o Plano Nacional de Exportação, projeto para fortalecer acordos comerciais com outros países e oferecer opções mais competitivas de financiamento às vendas internacionais.

Luiz Moan, presidente da Anfavea, não fala de retomada das vendas com a mesma segurança do ministro. Ainda assim, o executivo ameniza o cenário de tombo na demanda e, consequentemente, na produção de veículos. Segundo ele, a queda já era prevista. “Sabíamos que o primeiro trimestre seria extremamente difícil e está sendo, mas dentro do que já era programado. O segundo trimestre continuará difícil, mas com certeza a partir daí seguiremos no rumo da recuperação”, analisa.

O projeto para as exportações foi um dos temas debatidos no encontro com a Anfavea. A reunião também abordou outros assuntos importantes para estimular as vendas do setor automotivo, como a implementação de um programa nacional de renovação de frota e o Inovar-Auto, que ainda tem regulamentações importantes pendentes, como portarias que detalham como será feita a auditoria das metas de eficiência energética que os carros têm de alcançar.

Fonte: ABLA

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