Gestão de frota deve antecipar problemas e prover soluções

De Portal dos Equipamentos.
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Prever e antecipar problemas que acometem os equipamentos são pré-requisitos para uma boa gestão de frota. Nos últimos anos, os frotistas estão cada vez mais empenhados em reduzir e controlar os custos operacionais. Num mercado competitivo, a gestão contempla aspectos peculiares para cada caso com controle de custos eficiente, manutenção proativa, monitoramento, operação correta e sistemas de segurança para evitar que pessoas não autorizadas usem os equipamentos.
A telemetria é, segundo os especialistas, uma tendência cada vez mais nítida em gestão. “Com ela é possível controlar todas as variáveis do equipamento, incluindo quem opera”, explica o diretor da Pró User Consultoria e Informática, Frederico Junqueira Nicolau. Esse sistema de medição a distância permite aos gestores controlar itens como nível de combustível, temperatura do motor, pressão, horas trabalhadas, dados enviados em tempo real do sistema eletrônico dos equipamentos para o gestor, que recebe uma mensagem SMS informando a ocorrência.
“Os softwares de manutenção também são muito importantes. O desafio hoje é fazer a integração dos sistemas em um único cadastro onde todos os dados sejam compartilhados, permitindo melhor leitura. Embora as tecnologias estejam aí para facilitar a gestão, os fabricantes precisam pensá-las de uma forma que elas possam se comunicar entre si para um cruzamento de dados mais prático”, ressalta Frederico.
Ele explica que ainda existem algumas barreiras, os fabricantes colocam empecilhos para evitar que os concorrentes conheçam seus sistemas de monitoramento, cada um com um protocolo específico de comunicação. “Se eles disponibilizarem, fica mais fácil o cruzamento de dados”, diz.

NA GESTÃO DE FROTA, PESSOAS DEVEM INTERPRETAR INFORMAÇÕES

Wilson de Mello Jr, diretor de certificação e desenvolvimento humano do Instituto Opus da Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração), tradicionalmente usa a seguinte expressão: “Informação sem gestão e ação, resume-se à intenção”. Para ele, não adianta que as empresas tenham um excelente sistema se não contarem com pessoas que saibam interpretar as informações geradas, nem tenham capacidade de analisar, decidir e colocar em ação as decisões ou fazer a gestão de todo o processo.
Mello também chama a atenção para a diferença entre preço e custo, citando como exemplo, equipamentos com preço mais baixo, mas constantes quebras, rede pós-venda ineficiente e falta de peças, o que no final pode elevar custos de forma “assustadora”.
“Imagine se uma pá-carregadeira com 20 caminhões basculantes atrelados a ela fica parada por alguns dias por falta de peça. Ou mesmo uma ferramenta de penetração de solo mais barata utilizada em uma caçamba, porém com durabilidade reduzida, obrigará constantes paradas do equipamento. Eventos como esses são grandes geradores de perdas, exigem custos adicionais, mas isso nem sempre fica claro para os gestores, por isso as pessoas devidamente capacitadas fazem a diferença”, ressalta Mello.
CURSOS DE GESTÃO DE FROTA ABRANGEM NOVATOS E EXPERIENTES
O Instituto Opus oferece dois tipos de curso de gestão de frotas, um voltado para iniciantes e outra para experientes. Os iniciantes são orientados a fazer uma gestão adequada de equipamentos e aprendem sobre quais itens fazem a diferença para garantir índices de disponibilidade e produtividade elevados. O curso para os experientes é ministrado pelo engenheiro mecânico Norwil Veloso que procura contribuir com uma visão mais gerencial do processo, abordando pontos relevantes de uma gestão eficaz. São apresentadas informações que permitem ao profissional decidir sobre comprar ou alugar equipamentos, ter oficina própria ou usar dealers, entre outros assuntos.
“O curso oferece uma visão diferenciada ao enfatizar a importância da gestão da frota como um meio de obter resultados, uma vez que a máquina parada no pátio representa custos para a construtora e locadora”, afirma Veloso. “Além disso, também é ressaltada a importância de tecnologias como manutenção preventiva e preditiva para uma maior produtividade da frota”, acrescenta.
Direcionado a engenheiros e técnicos desse segmento, o curso é baseado no livro Gerenciamento e Manutenção de Equipamentos Móveis, de autoria de Veloso, e está estruturado em sete módulos: Gestão de equipamentos, Custos de manutenção, Análise econômica e desempenho, Gestão de manutenção, Controles, Lubrificação, Dimensionamento de estoques e Oficinas.
Frederico, da Pró User, também ministra curso no Opus, e aborda desde a gestão de frota de veículos rodoviários até equipamentos de construção e mineração, sempre com enfoque no controle, nos custos e no dimensionamento. “Muitas vezes esse dimensionamento é feito de forma conceitual, a partir de modelos bem adaptados para se calcular uma frota de caminhões basculantes, quantidade de veículos, entre outros aspectos. Passamos sempre a ideia de uma administração científica e racional, sem focar em aspectos empíricos”, conta Frederico.
Ele observa que as empresas reconhecem a importância de mão-de-obra especializada para operar máquina, mas ainda acham treinamento um gasto e não um investimento. Muitas vezes, nem querem abrir mão do tempo do funcionário para fazer o curso. “Entendo que todos buscam uma maior produtividade em suas operações com um mercado altamente  competitivo, mas a gestão eficaz pode melhorar a rentabilidade”, acredita Wilson Mello, do Instituto Opus.

CHECK LIST DE ITENS IMPORTANTES NOS CUSTOS DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO

  • Ter métricas de consumo de combustível e fazer gestão dos equipamentos que saem da média. Este dado pode identificar operador sem treinamento, equipamento desregulado ou com problemas;
  • Check list diário verificando níveis de óleo, água e pressão de pneus, evitando quebras ou desgastes maiores;
  • Análise de óleo identificando previamente possíveis anomalias nos equipamentos;
  • Gestão rigorosa de troca de filtros de ar e óleo evitando contaminações;
  • Treinamento e reciclagem de profissionais de operação e apoio;
  • Rigoroso controle de combustíveis e lubrificantes, evitando desvios ou perda por vazamentos;
  • Acompanhamento da durabilidade de peças de mercado paralelo e análise de custo x benefício.

Fonte: Sindileq-MG

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