BMW X1 e X3 nacionais terão opção de motor flex

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  • Foto: BMW 320i não será o único bicombustível bávaro no Brasil: X1 e X3 2.0 também devem beber álcool

Pelo menos mais dois modelos da BMW fabricados no Brasil usarão o motor turboflex de 2 litros, 184 cavalos, já disponível no sedã 320i ActiveFlex: os crossovers X1 (versão sDrive20i) e X3 (idem). Fica a dúvida em relação ao Série 1, modelo de entrada da marca bávara, mas não o mais vendido, que é justamente o Série 3 (7.207 emplacamentos em 2013).
O Mini Countryman nacional também será flexível (gasolina/etanol). Ele deve sair da futura fábrica de Araquari (SC) a partir de 2015 ou 2016.
Como regra, todas as versões dos BMW que atualmente usam motores 2 litros e quatro cilindros e que venham a ser fabricadas no Brasil serão bicombustíveis. Propulsores com cilindrada menor ou maior devem continuar consumindo gasolina, mesmo nos carros feitos localmente.
A marca premium alemã também espera que, num prazo não tão longo, haja a liberação do diesel como combustível para carros de passeio no Brasil. Além disso, trabalha numa subgama híbrida e, claro, no “elétrico puro” i3, a ser lançado no país juntamente com uma estrutura de apoio (postos de recarga, basicamente).

  • Luis Ushirobira/FolhapressCerimônia de lançamento da fábrica da BMW em Araquari (SC), em dezembro de 2013; Arturo Piñeiro (de barba e óculos) confirma inauguração no segundo semestre

Segundo Arturo Piñeiro, 48 anos, presidente da BMW no país, está mantida a previsão de inaugurar a fábrica catarinense em setembro próximo. A capacidade produtiva é de 32 mil carros em dois turnos. “Temos um centro de treinamento em Joinville (SC) que reproduz exatamente a futura linha de montagem”, disse o executivo, que falou a jornalistas na manhã desta quarta-feira (19), em São Paulo (SP). Os funcionários serão qualificados ao longo de oito meses — o processo começou há dias.
O investimento total na fábrica de Araquari foi de cerca de 200 milhões de euros.
O primeiro modelo a sair da linha catarinense será o Série 3, provável estrela da BMW no Salão do Automóvel de São Paulo, em outubro. O cronograma estabelecido pela BMW prevê um lançamento a cada quatro ou até seis meses; isso faz com que o segundo carro — quase certamente o X1, segundo modelo mais vendido pela marca no país (2.738 emplacamentos em 2013) — fique para o começo de 2015, e o último, para 2016.
A BMW vendeu 14.076 carros no Brasil em 2013, com 0,39% de participação no mercado (15ª no ranking de montadoras) e à frente das arquirrivais Mercedes-Benz (0,37%) e Audi (0,19%).
PORQUE ME UFANO
A BMW evita comentar texto publicado na mídia quando a fábrica de SC foi anunciada oficialmente, em dezembro do ano passado. Com o mote “O Brasil é um BMW”, pregava um otimismo na contramão da análise econômica mais comum (e mais azeda) sobre o atual momento do país (o texto dizia, literalmente, “Parece que está na moda questionar a capacidade do Brasil”). Sites alinhados ao governo de Dilma Rousseff comemoraram e republicaram o anúncio; a própria presidente o teria repassado a ministros.
A fábrica brasileira estava nos planos da BMW antes do novo regime automotivo (Inovar-Auto), de 2012 — é o que garante Piñeiro, há 18 anos na empresa. Com o tarifaço e as cotas de importação, o regime atrasou em dois ou três anos a estratégia das chinesas; atrapalhou as coreanas; e, coisa que poucos notaram, mas muito importante no caso, tornou quase “incompráveis” os importados de luxo das montadoras tradicionais.
A BMW se diz “apartidária”. Não por isso, claro, deixará de receber Dilma com todas as honras na inauguração da fábrica catarinense, em setembro — a meras semanas do primeiro turno da eleição presidencial.
 
Fonte: UOL CARROS

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