Da F-1 às ruas: carros cada vez mais conectados otimizam gestão de frotas e podem até prevenir acidentes

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Por Vinicius Bernardi*
Na Fórmula 1, a telemetria se tornou há mais de uma década uma ferramenta indispensável para que as equipes tenham as informações de tudo o que acontece no carro enquanto está na pista. Com a transmissão de dados em tempo real, os mecânicos têm acesso à distância às condições de peças e outros componentes do veículo e planejam estratégias de corrida. O que parecia uma tecnologia restrita às pistas de corrida, em breve chegará ao seu carro.
Em meio à era da “Internet das coisas”, o conceito connected car, ou carro conectado, tem sido assunto das principais feiras voltadas ao consumidor no mundo, como a Consumer Electronics Show – CES, com o lançamento de diversas funcionalidades de carros cada vez mais autônomos, além de discussões relativas à segurança e privacidade desses dos dados gerados pelos automóveis.
Na Europa, alguns modelos de carros top de linha já saem de fábrica conectados para a transmissão de informações para manutenção. A indústria automobilística já percebeu que o rastreamento é muito mais que localizar um carro roubado, e sim uma ferramenta essencial para manter a saúde do veículo e municiar de informações os fabricantes e concessionárias acerca do que pode ser aprimorado na experiência do usuário.
A Volvo, por exemplo, já dispõe um recurso que conecta o serviço de emergência automaticamente em caso de acidente. Na Alemanha, alguns veículos na estrada já se conectam com os semáforos próximos às saídas para reduzir a velocidade automaticamente e chegar ao sinal verde. Já a conexão ao smartphone exibe ao motorista dica de lazer e gastronomia, próximos de onde ele está de acordo com a localização.
No Brasil, já é realidade a conectividade para gestão de frota nas empresas: o objetivo é saber onde o veículo – de transporte ou entrega – se encontra, consumo e horários. Os benefícios vão desde a economia de recursos até o aumento da produtividade, inclusive com o controle das jornadas de motoristas, que é uma questão de fiscalização e rende multas às empresas que não as respeita. A telemetria corporativa também serve para educar e qualificar os profissionais que conduzem acima da velocidade permitida. Reciclar os motoristas é uma solução mais econômica do que contratar e demitir.
É difícil estabelecer um limite para os recursos e os benefícios do veículo conectado. Em uma visão futurista, a tendência é de que os carros fiquem autônomos suficientemente para detectarem condições da via, projetar caminhos, feixe de iluminação inteligente que mostra o trajeto e, sobretudo, prevenir drasticamente o número de acidentes. Parecem cenas de um filme de ficção científica, mas em breve chegarão à realidade.
*Vinicius Bernardi é líder de Inovação da Maxtrack, referência em tecnologia de rastreamento e telemetria no Brasil há mais de 15 anos – www.maxtrack.com.br 
Fonte: Segs

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