BMW diz que deterioração da China pode colocar perspectiva em risco

Lucro do segundo trimestre apresentou queda de 3%.

Sede da BMW em Munique, Alemanha - Krisztian Bocsi / Bloomberg

FRANKFURT – A BMW, maior montadora de carros de luxo do mundo, alertou nesta terça-feira que sua perspectiva para 2015 pode correr riscos com qualquer deterioração maior da China, onde as vendas caíram pela primeira vez em uma década.

A empresa alemã, que já tinha dito em maio que o crescimento na China seria “menos dinâmico”, afirmou que ainda espera recordes de vendas mundiais e lucro antes de impostos no ano, mas com a ressalva de que desafios na China podem afetar “a escala dos aumentos” sobre o lucro pré-impostos do ano passado de mais de € 8,7 bilhões.

— A escala de crescimento no período de previsão deve ser contido pela concorrência feroz do mercado automobilístico; aumento dos custos com pessoal; manutenção de níveis altos de despesas iniciais para garantir a viabilidade do negócio daqui para frente e próximos desafios ligados à normalização do mercado chinês — afirmou a empresa no relatório trimestral — Se as condições do mercado na China ficarem mais desafiadoas, não podemos descartar um possível efeito na perspectiva do grupo BMW.

A montadora teve queda de 3% no lucro operacional no segundo trimestre, com uma proporção maior na venda de carros a margens menores e com investimentos em novos modelos. O lucro antes de juros e impostos (Ebit) somou € 2,52 bilhões, em linha com a projeção média em pesquisa da Reuters.

Nas vendas da divisão automotiva no segundo trimestre, a BMW relatou queda de 8,4%, contra 11,7% no mesmo período do ano anterior e abaixo dos 10,7% relatados pela rival Mercedes-Benz e os 9,9% de lucro da Audi.

— É difícil fazer uma estimativa sobre quanto o mercado vai se desenvolver. Nós esperamos crescimento contínuo — declarou Friedrich Eichiner, diretor financeiro em conferência via telefone — Não será um crescimento de dois dígitos definitivamente — acrescentou.

As vendas na China, maior mercado automotivo do mundo, caíram 4,2% e 0,1% em maio e junho respectivamente, após uma década de alta. A BMW disse que está enfrentando concorrência dura tanto na China como em outros mercados.

Apesar das vendas globais de carros BMW, Mini e Rolls-Royce terem crescido 7,5% no trimestre, a empresa atribuiu a diminuição dos lucros ao desempenho mais fraco na China.

O Globo.

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