Até agora, nada mudou

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À espera de uma melhora no mercado, a cadeia automotiva acompanha a queda generalizada das vendas em todos os segmentos da economia brasileira. Com os pátios abarrotados, além dos layoffs, as montadoras recorrem às férias coletivas. Apenas em São Paulo e Minas Gerais, mais de cinco mil trabalhadores de Ford e Fiat estão parados.
No primeiro quadrimestre do ano, o setor de caminhões teve o pior resultado, com queda de 36,6%. O de ônibus caiu 24,8%. Principal fabricante de veículos comerciais, a partir de 1º de junho a Mercedes-Benz dará férias coletivas de 15 dias para sete mil funcionáros da unidade de São Bernardo do Campo. A empresa também tem 750 trabalhadores em layoff – situação em que os funcionários não trabalham e recebem parte do salário pago pelo empregador, complementado pelo governo federal.
Com pátio cheio e ocupando outros dois espaços – mais de 16 mil veículos em estoque –, a General Motors pretendia suspender o terceiro turno no complexo de Gravataí, operação feita por 1,5 mil funcionários apenas na linha de montagem e que teria reflexos também nos sistemistas. Nas suas unidades de São Paulo, a GM tem outros 1,3 mil funcionários parados.
Com capacidade para produção de 200 mil veículos e motores por ano, a Nissan suspendeu o segundo turno que deveria começar nos próximos meses, o que, tudo indica, ocorrerá também com o terceiro turno, previsto para 2016. Dos fabricantes de pneus, a Pirelli tem 1,5 mil funcionários em layoff, enquanto a Bridgestone e a Michelin estudam a redução da produção.
O semestre fechará muito abaixo das previsões. Os executivos dos principais fabricantes do setor automotivo esperam que a aprovação das medidas do ajuste fiscal amenize a crise, estabilize o mercado ainda neste ano e crie as condições para a recuperação a partir do próximo ano.
MAIS BONITO E TECNOLÓGICO
A terceira geração do Audi TT recebeu aperfeiçoamentos externos, internos e novos recursos eletrônicos. Na frente, a grade é mais larga e baixa em relação ao modelo anterior, com detalhes que remetem ao superesportivo R8. Entradas de ar direcionam parte do fluxo aerodinâmico da dianteira para as laterais. Os faróis são mais afilados, de bixenon na versão Attraction e LED na Ambition, e têm lanternas com sinalizadores direcionais dinâmicos. A fina terceira luz de freio em LED fica sob a borda do defletor traseiro.
Montado sobre a plataforma MQB do Grupo Volkswagen – do VW Golf e Audis A3 e Q3 –, as dimensões do compacto ficam quase as mesmas: 4,18 metros de comprimento, 1,83 metro de largura e 1,35 metro de altura. Maior 37 milímetros, o entre-eixos de 2,50 metros reduz balanços dianteiro e traseiro. Com uso de alumínio e aços de alta resistência, vem 50 quilos mais leve, com total de 1.330 quilos.
As versões são equipadas com o motor 2.0 turbo TFSI de 230 cv e câmbio S Tronic automatizado de dupla embreagem e seis velocidades, com troca sequencial de marchas por aletas atrás do volante. O TT acelera de 0 a 100 km/h em 5,9 segundos e tem máxima limitada a 250 km/h. Na estrada, o cupê percorre até 12,7 km/l e, na cidade, 9,9 km/l – foi enquadrado na categoria A de eficiência do Inmetro.
O interior tem como principal novidade o cockpit virtual, que combina os instrumentos do painel com a tela MMI em uma unidade digital central. Permite configurar quadro de instrumentos, informações e forma de apresentação. Os controles do sistema de ar-condicionado são integrados às saídas de ar.
A versão Attraction traz volante esportivo multifuncional, bancos em couro e Alcântara – os dianteiros, esportivos com ajuste elétrico –, ar-condicionado digital, controle e limitador eletrônicos de velocidade, sensores de luz, de chuva e de estacionamento traseiro, airbags dianteiros e laterais de cabeça, start-stop, assistentes de freio de estacionamento e de luz alta, faróis com ajuste automático de altura, vidros, espelhos e travas elétricos, sistema de som com nove alto-falantes e rodas de alumínio de 18”. A versão é tabelada em R$ 209,99 mil.
O Audi TT Ambition inclui rádio MMI plus com comando de voz e sistema de navegação que atua com o virtual cockpit. O mapa é mostrado na grande tela à frente do condutor e identifica pontes, viadutos, túneis e pontos de interesse ao longo da rota. A central multimídia possui DVD, entrada para cartão de memória, Bluetooth e 10 GB de mémoria interna – todos os itens são opcionais na Attraction. A opção Ambition sai por R$ 229,99 mil.
MAIS EFICIÊNCIA AOS BRASILEIROS
Sistema start-stop, controle da grade frontal e indicares de marchas e da pressão dos pneus são as tecnologias que devem ser incorporadas aos veículos brasileiros em 2017. A Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA) dará, até 30 de junho, o parecer de validação das pesquisas realizadas e que preveem a inclusão dos recursos eletrônicos pelas montadoras nacionais em seus próximos produtos. A entidade – que reúne 78 empresas associadas integrantes da cadeia automotiva – está descentralizando suas atividades, revelou o vice-presidente Sidney Oliveira (foto) durante encontro com jornalistas gaúchos nesta semana.
Outro trabalho que a AEA desenvolve é a definição das diferenças entre pesquisa e engenharia. Também promove, na área de segurança, estudos sobre a frequência de transmissão dos sistemas de radar veícular, defendendo a adoação da mesma utilizada pelos fabricantes europeus.
Oliveira ressalta a importância dos bicombustíveis e da tecnologia flex desenvolvidos pela engenharia nacional, reconhecida em todo o mundo e que tem assumido a pesquisa de multinacionais no setor. Para amenizar a falta de engenheiros nas diversas etapas da cadeia automotiva, a entidade trabalha junto a universidades para a implantação de cursos específicos para o setor automotivo.
NÚMEROS
Depois dos investimentos de
US$ 5,4 bihões
em suas fábricas nos EUA, a General Motors anunciou que aplicará
US$ 1 bilhão
no Warren Tech Center, no esforço de atrair os melhores engenheiros, designers e profissionais de TI de mundo. Serão abertas
2,6 mil
vagas nas áreas de engenharia de produto, informática e desenho no centro, que já conta com
19 mil
empregados.
STOP
-O XIV Rally da Serra Classic Car Club – RS ocorrerá em conjunto com o Campeonato Brasileiro de Rally – FBVA, dia 13 de junho.
-Com o sucesso dos veículos da Dacia, a imprensa europeia especula que a Renault estaria desenvolvendo um carro de baixo custo, em torno de 5 mil euros.
Fonte: Zero Hora – Impresso

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