Aposta: mercado de carros cresce até 3% em 2015; veja lançamentos previstos

O ano automobilístico de 2014 realmente não deixará saudades em razão da queda de vendas no mercado interno em torno de estimados 10%. Mesmo que seja ligeiramente menos, se somada ao encolhimento de 0,9% em 2013, significará que em relação ao ano recorde de 2012 os brasileiros terão comprado 10% menos.
Este ano tão difícil não estava no radar dos analistas em dezembro de 2013. Até a Anfavea, que costuma acertar previsões, fez inesperadas revisões para baixo ao longo dos meses. E o que esperar para 2015? Que passe o mais rápido possível, segundo os mais pessimistas?
Na indústria automobilística a maioria das previsões aponta para crescimento nulo por razões tangíveis ou mesmo medo de errar: subida de impostos, inflação alta, PIB de novo perto de zero, aperto nos gastos públicos, balança comercial deficitária. Bem poucos apostam em alguma alta por outros fatores: base comparativa baixa sobre 2014, possível expansão de crédito (por retomada do veículo facilitada em caso de inadimplência) e reação nas exportações se o real continuar em desvalorização com tendência do dólar a R$ 2,80.
A coluna aposta em 2% a 3% de aumento nas vendas.
NOVIDADES À VISTA
Quanto à oferta de novos produtos, 2015 será uma festa e olhe que ninguém pôde reclamar de 2014. Afinal, este ano foram mais de 50 lançamentos entre nacionais e importados, de subcompactos a modelos grandes, de automóveis a comerciais leves, de reestilizações a novas gerações (Corolla e Fit/City), sem contar modelos inteiramente novos (Ka e up!) e importados a serem nacionalizados (A3 Sedan e Classe C). Até um novo carro elétrico, BMW i3, fez sua estreia.
Para o próximo ano o ritmo esperado é o mesmo e os SUVs terão relevância como nunca. De produção local serão três carros inteiramente novos: Honda HR-V, Jeep Renegade (volta da marca americana à produção nacional e arquitetura inédita no Brasil) e Peugeot 2008. O Renault Duster receberá reestilização.
Utilitários esportivos importados também se destacarão com a chegada do novo Hyundai ix35 (a nacionalizar em 2016), do JAC T6 e do Suzuki S-Cross, entre outros.
Comerciais leves terão um ano importante, no segundo semestre. Fiat lançará sua primeira picape média com uma tonelada de capacidade, inédita estrutura monobloco no segmento, cabine dupla de quatro portas e motorização flex e diesel. Renault contará com a Duster Oroch, primeira picape compacta (anabolizada em dimensões) a oferecer cabine dupla e quatro portas.
GM planeja nova geração da Montana construída na mesma plataforma de Onix/Prisma/Cobalt, inclusive cabine dupla, mas talvez a produção não se inicie em 2015. Volkswagen partirá para um furgão leve, baseado na Saveiro, na mesma faixa de mercado do Fiorino.
Também haverá novidades entre os automóveis de passeio, a começar pelo Ford Focus argentino alinhado ao europeu. Além do VW Golf nacionalizado, sua versão sedã, o Jetta, terá operação de montagem embora com poucas peças brasileiras. A Volks já decidiu produzir o crossover derivado do Golf (em 2016), mas o Taigun, com base no up!, ainda carece de confirmação.
Fiat apresentará reformulação de meia geração do Palio e leves reformas no Punto e Bravo. Seu novo subcompacto é para 2016. No próximo ano a GM entra na reta final para o substituto do Celta, que estará mais para Ka do que para up!, e incluiria também sedã e SUV compactos. Chery terá seu segundo produto nacional, o subcompacto QQ em nova geração.
Veja os lançamentos aqui!
Por Fernando Calmon, do Uol.

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